Em junho, maiores altas foram nos preços do leite longa vida (10,72%) e do feijão-carioca (9,74%). Confira o que mais subiu este ano e a alta acumulada em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o principal índice inflação país, registrou alta de 0,67% em junho, de acordo com os dados divulgados na última sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Até o momento, a alta acumulada em 2022 é de 5,49% e nos últimos 12 meses, o aumento chega a 11,89%. Em setembro do ano passado o índice registrou 10,26% em 12 meses.
Dentre as capitais brasileiras, Aracajú (14,24%) e Salvador (13,41%) registraram as maiores altas. São Paulo e Campo Grande registraram, respectivamente, 11,67% e 12,06%.
Maiores altas e baixas de junho
Em junho, as maiores altas em todo o país foram registradas nos preços do leite longa vida, que subiu 10,72% e o feijão-carioca (9,74%). Já as baixas do mês atingiram alguns dos produtos que registraram recordes de alta de quase 200% nos últimos doze meses. Este é o caso da cenoura, que caiu 23,36% em junho e que já havia caído em maio (-24,07%), mas chegou a registrar mais de 195% de aumento em 12 meses.
Para o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, a retomada de alguns hábitos, como as refeições realizadas fora de casa, ajudaram a puxar a alta, “com destaque para a refeição (0,95%) e o lanche (2.21%). “Assim como outros serviços que tiveram a demanda reprimida na pandemia, há também uma retomada na busca pela refeição fora de casa. Isso é refletido nos preços”, afirma.
O aumento do plano de saúde também foi considerado um dos responsáveis pela alta nos preços, com alta de 2,99%, representando 0,10 ponto percentual da inflação no período.
Setores
No mês de junho, os nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE registraram aumento dos preços, mas foi o setor de vestuário que registrou a maior alta (1,67%).
Vestuário: 1,67%
Saúde e cuidados pessoais: 1,24%
Alimentação e bebidas: 0,80%
Transportes: 0,57%
Artigos de residência: 0,55%
Despesas pessoais: 0,49%
Habitação: 0,41%
Comunicação: 0,16%
Educação: 0,09%
Fonte: FEEB SP/MS