Acordo Histórico: Bancários e CAIXA alcançam consenso no Saúde Caixa

A direção do Comando Nacional dos Bancários e a coordenadora da CEE – Comissão Executiva dos Empregados CAIXA, formalizaram na última quinta-feira (28) o aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde Caixa, representando todos os sindicatos onde foi aprovado em assembleias realizadas durante dezembro. A aprovação mantém a contribuição dos titulares em 3,5% sobre a remuneração base, seguindo o ACT que vigorou até o dia 31 de dezembro de 2023.

“Foram inúmeras negociações e um longo período de debates. Após grande movimentação por parte dos sindicatos, a Caixa finalmente se comprometeu e estabeleceu reuniões com a CEE Caixa. Apesar de propostas com grandes reajustes e cobrança por faixa etária, o movimento sindical conquistou uma proposta equilibrada, que melhora o equilíbrio da relação custo-utilização sem reajustes para os titulares”, explica David Zaia, presidente da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do  Sul (Feeb SP/MS).

Números  

Os números apresentados indicavam um déficit de R$ 422 milhões em 2023, com previsão de um novo déficit de R$ 660 milhões em 2024. A proposta inicial da Caixa envolvia cobrança de 4,18 parcelas extraordinárias para cobrir o déficit de 2023 e um aumento na contribuição para 6,46% da remuneração base para os titulares, mais 0,67% por dependente, atingindo um teto de 7,8% da remuneração base. O acordo aprovado zerou o déficit de 2023, manteve a contribuição dos titulares em 3,5% e fixou o teto máximo em 7%.

“Com o acordo levado à apreciação dos bancários em todo o país, destacamos os pontos principais, entre eles, zerar integralmente o déficit de 2023, sem a necessidade de parcelas extraordinárias; manter a contribuição dos titulares em 3,5% da remuneração base; fixar teto máximo de comprometimento da remuneração base de 7%”, explicou Tesifon Quevedo Neto, representante da Feeb SP/MS na Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa).

A  Luta continua

De acordo com representação dos bancários, a proposta aprovada na maior parte do país preserva os princípios do plano, como a solidariedade e o pacto intergeracional. “Vale ressaltar que a luta em defesa do plano de saúde, uma das maiores conquistas da categoria, continua após a assinatura do acordo. Vamos nos manter mobilizados para derrubar o teto estatutário de gastos com a saúde dos empregados pela Caixa – atualmente fixado em 6,5% da folha de pagamentos–, o retorno do direito de carregar o plano na aposentadoria aos admitidos pós Agosto/2018, cobrar melhorias na rede de atendimento e barrar qualquer medida que comprometa a sustentabilidade do Saúde Caixa”, reforçou Tesifon.

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